São Paulo - A decisão do atacante Neymar, do Santos, anunciada nesta quinta-feira (19/8), de permanecer no clube, e abrir mão de um salário de aproximadamente 9 milhões de reais por ano no clube inglês Chelsea, surpreendeu o público. Contrariando o clichê de que todo jogador de futebol brasileiro tem como única meta jogar na Europa, Neymar deu provas de que salário nem sempre é determinante nas decisões entre um trabalho e outro.
O Santos, por sua vez, resistiu à tentação de vender o atleta por 67,6 milhões de reais (ou 30 milhões de euros) e não deixou por menos. Para segurar o jogador, fez uma contraproposta que levou em conta as necessidades, não apenas financeiras, do jogador. Juntos, Santos e Neymar mostraram que um bom plano de carreira pode ser uma estratégia eficaz para manter os talentos da equipe.
Para mostrar algumas lições que o caso pode dar, o site EXAME conversou com a coordenadora do Veris Carreiras, da Veris Faculdades, do Grupo Ibmec Educacional, Priscila de Azevedo Costa Martins, e com a professora associada da Fundação Dom Cabral, Rosângela Pedrosa. Confira as lições que as empresas podem tirar deste episódio.
A empresa deve propor o que o profissional busca
Muito além das cifras, o presidente do Santos, Luis Álvaro Ribeiro, conseguiu cativar Neymar por algo bem característico do jogador, a vaidade. Dentre outras coisas, o plano de carreira oferecido pelo clube prevê ações sociais, media training e todo o preparo para que ele possa se firmar como ídolo. Ribeiro quer transformar o craque em um mito, como aconteceu com Pelé.
Além disso, o clube aumentou a multa de rescisão contratual de Neymar, ajustou seu salário e prolongará por mais cinco anos o tempo de contrato. Para a especialista em carreiras Priscila Martins, o clube soube montar o plano de acordo com as necessidades do profissional.
"Neymar faz parte de uma geração que geralmente busca crescimento rápido, novos desafios, reconhecimento. Se o presidente do clube não fizesse um plano que desse essa possibilidade, certamente o jogador não ficaria".
A professora Rosângela Pedrosa acredita que esse acordo só foi possível por um benefício mútuo. "Essa foi a prova do potencial do jogador e do interesse do Santos, mas nem sempre as empresas percebem o potencial dos funcionários. É preciso ficar mais atento a isso", diz
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